Fidélis, que é consultor de orçamento e fiscalização financeira da
Câmara dos Deputados, desde 1999, procurou abordar a parte econômica do
orçamento, que é uma matéria que nor malmente da uma noção da função do
orçamento, pra que se deve utilizar. Ele fala que a proposta vem do executivo
focando o plano de governo, detalhada pelos diversos ministérios e órgãos de
outros poderes também e do executivo passa pelo legislativo que é quem tem que
aprovar aquele orçamento. Demonstrando que existe uma interferência política no
processo.
Para o palestrante, é importante saber qual a função do governo quando
se fala do orçamento. As funções econômicas são: a alocativa, distributiva e
estabilizadora. A função alocativa tem como objetivo utilizar os recursos
públicos pra produzir, ofertar alguma coisa, bens e serviços públicos. Bem
público tem como característica o fato do seu consumo ser utilizado pela
coletividade como um todo.
A política fiscal é basicamente a política de arrecadação e gasto
público. A justificativa do governo para arrecadar impostos e utilizar o
dinheiro para realizar serviços é o que se chama de falha de mercado.
O Estado deve fazer o que é público. O bem público é diferenciado do bem
privado por dois princípios fundamentais, o princípio da rivalidade e o
princípio da exclusão. Quando esses dois princípios se aplicam a uma realidade,
o bem é caracterizado como bem privado. A rivalidade quer dizer que se eu
consumo algo outra pessoa não pode consumir, a exclusão é quando a pessoa que
paga o custo de algo é atendido, enquanto que o que não paga não é atendido.
Como exemplo, no caso do legislativo, não há rivalidade do benefício é também
não há exclusão, pois o legislativo faz as leis para todos e igualmente se
aplica à diplomacia, à defesa, à segurança pública.
Os casos meritórios, são aqueles bens oferecidos pela iniciativa privada
mas tem um forte benefício público, nesses casos é justificado por meio de uma
decisão política, soa bens privados que trazem externalidades positivas para a
sociedade. É o que vai justificar pegar dinheiro público pra financiar um
serviço privado.
Hoje se tem uma ideia de um estado provedor, as cargas tributárias são
relativamente altas se comparadas aos outros países de mesmo nível de
desenvolvimento. Para o palestrante, geralmente, os países que têm maior carga
tributária tem um desenvolvimento menor, o estado tem se mostrado ineficiente
em termos econômicos.
Ao final da palestra foi feito um questionamento a respeito de como tem
sido a discussão a respeito do superávit primário e a questão do resultado
fiscal, e se isso pode gerar alguma responsabilização.
Tem se discutido o assunto, já era percebido que o governo
estava meio quebrado há algum tempo, ao longo do ano. Fazendo um breve
histórico a lei de responsabilidade fiscal colocou como obrigação, até antes
disso, o governo já estipulava metas, mas a LRF do ano de 2000 obriga que as
esferas do governo coloquem na LDO metas fiscais e dentro da meta existe o resultado
primário. O FMI concordou em diminuir a meta, entretanto o que for usado em
investimento deve trazer retornos que ajudem a pagar a dívida. Mesmo com a
redução o governo não conseguiu fazer o superávit, porque gastou muito em
descompasso com o que está arrecadando. A consequência, diz respeito ao
descumprimento a constituição e a lei de orçamento, uma vez que descumpre a
meta. CLIQUE AQUI para ver os Slides do Seminário.
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